Todos os anos o povo guineense tem acolhido “como seus filhos” jovens portugueses que se deslocam àquele país para fazer voluntariado, nomeadamente através da Pastoral Universitária de Braga (PUB). Por esse motivo, todos quantos estão ligados a este departamento da arquidiocese de Braga, sentem uma particular preocupação por um país pobre, que agora tem de lidar com uma pandemia.

“A Pastoral Universitária de Braga não consegue ficar indiferente a esta realidade, pois sente-se próxima deste povo que tem acolhido os nossos jovens todos os anos como seus filhos”, referem os elementos deste organismo, em comunicado. Com o objetivo de ajudar o país africano, pelo qual sentem tanta empatia, os membros da PUB decidiram lançar uma campanha de angariação de fundos designada “Contagia-te pela solidariedade”.

A quantia angariada reverterá para a Cáritas da Guiné-Bissau, “apoiando-a na sua nobre missão de dar as condições dignas ao povo guineense, começando pela resposta alimentar”, explicam os envolvidos na iniciativa. A ação de angariação de fundos pretende ser também uma resposta aos apelos dos bispos das duas dioceses do país: José Camnate, bispo de Bissau, e Pedro Zilli, bispo de Bafatá.

“Neste espírito de solidariedade, convidamos toda a comunidade académica e as suas famílias a juntarem-se a esta causa, fazendo um donativo. Todo o donativo que possam dar, mesmo que pequeno, é um gesto precioso no combate a uma crise humanitária iminente. A campanha decorrerá até ao dia 31 de maio. A solidariedade não reconhece fronteiras. Deixa-te contagiar por esta corrente humana”, pedem os promotores da campanha.

Os membros da PUB lembram que atualmente se vive um “momento difícil e sem precedentes na saúde pública mundial, um acontecimento cujos efeitos negativos já começam a ecoar de forma intensa” na sociedade. “Enfrentamos uma crise global, que atinge todos, mas que cairá mais pesadamente sobre os países com economias mais frágeis.  A Guiné-Bissau, um dos países mais pobres do mundo, não é exceção neste cenário pandémico. Mas a sua crise humanitária está esquecida no meio dos apelos da sociedade ocidental”, referem. É nessa linha que a PUB se revê nesta missão e “reconhece que é seu dever ajudar a diminuir o sofrimento dos mais carenciados, atingidos pelos efeitos diretos e indiretos do novo coronavírus”.