“Deus conhece-nos profundamente, conduz-nos pela mão e guia os nossos passos, protege-nos, defende-nos, leva-nos à vida plena”, disse Carlos Cabecinhas, sacedote e reitor no Santuário de Fátima, na Eucaristia a que presidiu na manhã do último domingo, 3 de maio, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário.

É a capacidade para ouvir a “voz do Senhor e segui-la”, que define cada pessoa, e as vocações “são concretizações disto”, disse o responsável na celebração do 57.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, convidando cada cristão a aprender a fazer da sua vida um “louvor ao Senhor”.

Conforme tem sido habitual, a Eucaristia presidida por Carlos Cabecinhas decorreu à porta fechada, sendo transmitida através das plataformas digitais, devido à atual pandemia. De acordo com os serviços de comunicação do templo mariano, a Eucaristia “foi acompanhada por milhares de peregrinos na Internet”.

Este domingo ficou também marcado pelas palavras de António Marto, cardeal e bispo na diocese de Leiria-Fátima, que confirmou que a Peregrinação Internacional Aniversária de maio vai acontecer sem a presença física de peregrinos, devido à atual pandemia, conforme já tinha sido anunciado a 6 de abril.

“Tal como estava previsto, em articulação com as autoridades civis, as celebrações dos dias 12 e 13 de maio, este ano, não podem contar com a presença física dos peregrinos e serão transmitidas pelos órgãos de comunicação social e digital”, lê-se num comunicado firmado pelo cardeal português.

“Estamos conscientes de que um aglomerado imprevisível de pessoas na Cova da Iria, a 12 e 13 de maio, numa altura em que o risco epidémico é elevado, contraria as orientações das autoridades de saúde, que optaram por fazer um desconfinamento gradual e faseado. Respeitamos, por isso, numa atitude de colaboração com as competentes autoridades civis, as orientações de realizar estas celebrações com uma presença simbólica de participantes: intervenientes na celebração e funcionários do Santuário”, refere António Marto.

“Por mais que o nosso coração desejasse estar em Fátima, a celebrar comunitariamente no mesmo lugar, como acontece desde 1917, a prudência aconselha-nos a que desta vez não seja assim”, escreve o bispo diocesano. “A decisão da Igreja Católica de seguir as indicações das autoridades civis no sentido de suspender as celebrações religiosas decorre da responsabilidade de fazer o que está ao seu alcance para não colocar em perigo a saúde pública, em sintonia com o mandato evangélico do amor ao próximo”, sublinha o cardeal.