as organizações cristãs começaram “a tocar os sinos de batalha” na cruzada contra a distribuição e projecção doméstica do filme de Dan Brown.
as organizações cristãs começaram “a tocar os sinos de batalha” na cruzada contra a distribuição e projecção doméstica do filme de Dan Brown. O Conselho Cristão da Coreia (CCK) apresentou uma petição no tribunal distrital de Seul contra a estreia na Coreia do Sul do filme de Hollywood baseado no best-seller “O Codigo de Da Vinci”. Pretende que o tribunal impeça a distribuidora oficial Sony Pictures, de colocar no mercado o filme de Dan Brown, em Maio próximo, data da estreia mundial.
Num comunicado à imprensa, o CCK afirma: “Não podemos deixar de expressar a nossa profunda preocupação e consternação, pelo facto de que o filme irá desacreditar e insultar a divindade de Jesus Cristo e as verdades da Bíblia”. E continua: “O filme irá infringir seriamente as crenças religiosas individuais, bem como transformar-se num obstáculo ao trabalho missionário da Igreja cristã. Baseia-se numa conspiração, segundo a qual a Igreja tentou esconder o facto de que os filhos de Cristo estão vivos e que a Igreja não hesita em matar pessoas para esconder o facto. Mais do que o livro, o filme irá criar conflitos e confusão entre cristãos e nao-cristãos, pois as pessoas irão pensar que o que estao a ver é realidade e não ficção”.
Em 1988, os Círculos cristãos efectuaram um protesto semelhante, que visava a interdição da estreia e distribuição do polémico filme ” a última tentação de Cristo”, de Martin Scorcese, baseado num romance de Nikos Kazantzakis. O que não impediu que o filme viesse a ser distribuí­do e projectado 14 anos mais tarde, em 2002.
Quanto à Igreja Católica, quando saiu o livro, houve vários protestos e acções de formação e informação dos fieis nas paróquias. Visavam proteger a sua “frágil formação cristã”. Muitos dos católicos foram baptizados em anos recentes. Em relação ao filme, não me dei conta de qualquer manifestação ou protesto da Igreja católica. Estou certo, porém, que não tardarão aparecer.
No meu entender, o senhor Dan Brown não teria tido tanto sucesso com toda a polémica à volta da sua obra, caso escrevesse, por exemplo, sobre o profeta Mohamed.