A quantidade de cidadãos que recorrem ao apoio prestado pelo Banco Alimentar Contra a Fome “está a aumentar”, devido aos efeitos das medidas de contenção da atual pandemia, referem os serviços de comunicação desta resposta social, lembrando que há creches, escolas e centros de dia encerrados, e que existem instituições de apoio social “incapazes de prestar o serviço habitual aos que já estavam mais vulneráveis”.

O Banco Alimentar lembra que o encerramento de “muitas empresas” tem um “impacto direto nos rendimentos de muitas famílias”. Neste cenário, a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) “doou 350 mil euros à Rede de Emergência Alimentar” do Banco Alimentar Contra a Fome. “Deste valor, 100 mil euros vão ser atribuídos aos Bancos Alimentares dos Açores, em São Miguel e na Terceira”, adianta esta resposta social.

A doação da fundação portuguesa, acontece no âmbito da sua responsabilidade social. “Há muitas pessoas a viver uma situação difícil, a precisar de apoio, e acreditamos que a FLAD deve estar atenta e agir. Quisemos associar-nos a uma instituição com a estrutura já montada e capacidade para agir rapidamente no terreno”, explicou Rita Faden, presidente da FLAD.

O Banco Alimentar afirma estar a sentir a “pressão do número crescente de pedidos diários de ajuda”. Para Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, a “mobilização de toda a sociedade neste momento tão difícil reveste-se de importância acrescida”. “O apoio da FLAD, tão relevante pela dimensão e celeridade, permitirá garantir a muitas famílias que ficaram sem recursos a alimentação de que necessitam. A gratidão que expressamos é em nome destas famílias que poderão enfrentar os próximos tempos com um apoio indispensável para a sua vida”, disse a responsável. Num momento de crise, todas as ofertas são uma mais-valia, pelo que o Banco Alimentar convida os cidadãos a doar alimentos através da Internet.