O Natal de Ângela

Para que não seja colocado de parte o percurso de iniciação cristã das crianças, que atualmente se encontram com as sessões de catequese suspensas, como medida de contenção da atual pandemia, a Conferência Episcopal Italiana lembra aos pais a importância do seu papel neste processo de educação para a fé, e apela à catequese em família.

Com o objetivo de ajudar os encarregados de educação nesta tarefa, os bispos italianos sugerem a visualização de “O Natal de Ângela”, um filme de animação, “breve e intenso”, que se encontra disponível em português, na Netflix, e que apesar de remeter para a época natalícia, é uma produção cinematográfica adequada ao ano inteiro.

O filme remete para Limerick, na Irlanda, em 1914, e “não é o clássico repleto de luzes, presentes, decorações, canções, renas”, é antes “sóbrio”, e estimula o espetador a “renovar sempre” a sua fé, a “acreditar na ternura, a ser-se pequeno com os pequenos, a fazer do amor a moeda do mundo”, explicam os bispos italianos.

Depois do visionamento da película, os prelados sugerem que a família converse sobre os seus familiares mais devotos, e sobre ideias e iniciativas que já tenham colocado em prática, e que tenham tido um claro impacto positivo na vida dos outros, sobretudo os mais desprotegidos. Cada membro do agregado familiar é também convidado a refletir sobre momentos em que não pensou apenas nele próprio, e toda a família é chamada a explicar quando é que é bem-sucedida enquanto agregado familiar.

Para esta dinâmica, a família pode recorrer a fotografias dos seus familiares, e também a passagens bíblicas que ajudem à meditação. Os bispos italianos sugerem “Mateus 18,1-5”, mas adiantam que a escolha “pode ser diferente, caso os pais sintam que há um trecho mais adequado”. A dinâmica deve também incluir a oração, que poderá ser feita “num tapete ou junto de uma vela acesa”. Depois de feita a reflexão, as crianças podem “rever o filme outras vezes, renovando a mensagem” que foi refletida em família.