Bispos portugueses reforçam a defesa da vida e questionam qual o testemunho de fé que dão os cristãos, actualmente.

Bispos portugueses reforçam a defesa da vida e questionam qual o testemunho de fé que dão os cristãos, actualmente.
” a voz e as opções da Igreja serão sempre claras. Fazemo-lo por razões religiosas, sem dúvida, mas temos a consciência de trabalhar por motivações humanitárias”, afirmou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), na abertura da assembleia Plenária que decorre até 27 de abril, em Fátima.
O também arcebispo primaz de Braga, Jorge Ortiga condenou a “mercantilização da vida, o que significa, entre outras coisas, o comércio de órgãos, a manipulação e destruição de vidas humanas”. Para este responsável, “certas operações” podem tornar-se um “comércio infame”.
Diante da vida que nasce e da vida que morre, o ser humano já não se preocupa com o sentido mais autêntico da sua existência mas, preocupa-se somente com “o fazer” e, recorrendo a qualquer forma de tecnologia, moureja a programar, controlar e dominar o nascimento e a morte, salientou o presidente da CEP.
aos políticos, particularmente aos católicos, pediu que defendam o direito inviolável à vida. Dos profissionais da saúde “espera-se a serenidade de objectar em consciência para que a cultura da vida floresça nos estabelecimentos hospitalares”.
Para Jorge Ortiga, “o mundo tem de se tornar não uma monstruosa máquina que devora a vida mas um lugar de graça que gera para a vida plena, a vida que tem sabor de eterno”.
” a maneira de evangelizar terá de mudar. Continuamos a usar a linguagem de séculos e não verificamos que a Igreja começa a “ficar muda” pois está a usar uma “linguagem morta para falar dum Deus Vivo”. Só uma vida evangelizada falará de Deus””, afirmou o presidente da Comissão Episcopal Portuguesa.
O arcebispo primaz de Braga, Jorge Ortiga focou a questão da transmissão da fé no ponto ” a iniciação cristã como acolhimento do amor” para questionar a “densidade de fé” manifestada pelos cristãos.