Dois acordos de paz e a realização de eleições históricas são conquistas que permitem aos políticos e organizações sonhar com o fim guerra no continente num futuro próximo
Dois acordos de paz e a realização de eleições históricas são conquistas que permitem aos políticos e organizações sonhar com o fim guerra no continente num futuro próximo Há seis anos, a União africana (Ua) propôs-se acabar com todos os conflitos e guerras no seu continente, até finais de 2020. O desafio mantém-se, mas com os progressos alcançados, nomeadamente a assinatura de dois acordos de paz e a realização de eleições democráticas, a secretária-geral adjunta da ONU para os assuntos Políticos, considera estarem reunidas as condições para pôr fim à guerra em África. a ONU e a U a partilham uma missão comum: prevenir o conflito. Portanto, silenciar as armas também significa evitar que disparem em primeiro lugar. Nos últimos anos, temos fortalecido a nossa capacidade conjunta para detetar e desativar as crises antes que se intensifiquem, assim como a cooperação para ajudar a resolvê-las.como disse recentemente o secretário-geral, sopra um vento de esperança em África, afirmou Rosemary Dicarlo, durante uma intervenção no Conselho de Segurança. Em janeiro do ano passado, entre outras iniciativas, a ONU iniciou um projeto de dois anos para apoiar o diálogo sobre políticas e prestar assistência à prevenção de conflitos e à mediação em África, que já deu os seus frutos. Recentemente foi assinado um acordo de paz na República Centro-africana e no Sudão do Sul, na Somália continua o trabalho para lutar contra o extremismo e restabelecer a estabilidade no país, e em Madagáscar foi possível realizar eleições presidenciais de forma pacífica. Para Rosemary Dicarlo, estas conquistas são reveladoras de que África tem conseguido grandes progressos na democratização, apesar dos desafios ainda existentes em termos de governabilidade, combate à corrupção e gestão dos recursos naturais. Por isso, a ONU pretende continuar a trabalhar com a U a e com as comissões económicas regionais para ajudar a construir instituições nacionais sólidas e abordar as causas fundamentais do conflito armado. Os países africanos têm um papel central a desempenhar para que a iniciativa de silenciar as armas seja um êxito, assim como o setor privado e a sociedade civil da União africana e de África. Mas é vital que a comunidade internacional ofereça o seu apoio para alcançar este objetivo, concluiu a responsável.