a Organização dos países Islâmicos denunciou apelos para a morte do caricaturista dinamarquês que satirizou o profeta Maomé.
a Organização dos países Islâmicos denunciou apelos para a morte do caricaturista dinamarquês que satirizou o profeta Maomé. O secretário-geral da Organização dos países Islâmicos (OPI), Ekmeleddin Ihsanoglu, afirmou, a partir do Paquistão, que os apelos à morte não fazem parte do Islão e pediu aos muçulmanos que sejam moderados evitando protestos violentos.
“Não é uma brincadeira mandar matar este ou aquele. é um assunto muito sério e ninguém tem a autoridade para mandar matar pessoas”, disse. Também disse que os protestos violentos, tais como queimar veículos ou edifícios, não projectam o verdadeiro Espírito do Islão aos olhos do Ocidente. ” a violência enfraquece-nos, trabalha contra nós. é útil tudo o que não seja violento”.
a OPI está a procurar assegurar que tais incidentes não voltem a repetir-se no futuro, apelando ao Ocidente para diligenciar de modo que a dignidade do Islão seja respeitada. Ihsanoglu lamentou que alguns jornais e governos não tenham pedido desculpa aos muçulmanos, e rejeitou a justificação de que era um assunto de liberdade de expressão.
“O que pedimos é que a nossa sensibilidade seja tomada em conta na definição de liberdade de expressão. Se não o fizerem… será um problema de credibilidade e da universalidade dos valores europeus”, disse o secretário-geral.
as caricaturas foram publicadas pela primeira vez num jornal dinamarquês em Setembro, mas muitas pessoas morreram nos recentes protestos. a tradição islâmica proíbe qualquer imagem de alá ou do profeta Maomé.