Governo quer aumentar a produção nacional de bens alimentares, para diminuir as exportações e alcançar a autossuficiência. agricultores vão contar com medidas de apoio 
Governo quer aumentar a produção nacional de bens alimentares, para diminuir as exportações e alcançar a autossuficiência. agricultores vão contar com medidas de apoio aumentar a produção de alimentos de maior consumo popular e desacelerar as importações. Esta é a meta que o governo angolano pretende atingir com o Programa de apoio à Produção Nacional, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações (PRODESI), cujas medidas foram apresentadas esta semana pelo ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior. Segundo o governante, o país tem uma dependência quase total do exterior em relação aos bens de consumo mais populares, o que se traduziu num valor médio de importações de 1,3 mil milhões de euros, entre 2016 e 2017, sem incluir os custos de transportes e seguros. Produtos como o arroz, fuba de milho, farinha de trigo, açúcar, óleo alimentar e óleo de palma representavam, em 2016, cerca de 60 por cento das importações de bens da cesta básica. Tendo em conta que o país dispõe de um setor produtivo ainda frágil, com o plano de ação agora aprovado, no âmbito do PRODESI, o governo angolano pretende incentivar o aumento da produção e da competitividade interna, tendo selecionado 54 produtos para os quais os empresários nacionais deverão estar focados, evitando assim uma atuação dispersa. ao mesmo tempo, o executivo quer dar prioridade à produção nacional, sobretudo em relação às grandes compras públicas de bens, dos órgãos de defesa e segurança. Sempre que houver produção nacional nas quantidades requeridas por estes órgãos, as compras devem recair para a produção nacional e não sobre os produtos importados. Esta medida contribuirá de modo significativo para a dinamização da produção, tendo em conta o peso das compras do Estado. Este princípio deverá ser seguido para todas as compras do Estado, sublinhou o ministro.