as minorias religiosas no Paquistão sentem-se discriminadas e enfrentam uma discriminação institucionalizada. a religião oficial é o Islão notando-se crescentes sinais de intolerância.
as minorias religiosas no Paquistão sentem-se discriminadas e enfrentam uma discriminação institucionalizada. a religião oficial é o Islão notando-se crescentes sinais de intolerância. No passado a pequena comunidade cristão paquistanesa enfrentou ataques como vingança pela invasão do Iraque, uma acção do Ocidente vista como anti-muçulmana. Igrejas foram queimadas, dispararam contra assembleias e mataram cristãos.
Comentando a situação actual, o arcebispo de Lahore, Lawrence John Saldanha, explicou: ” a violência contra as comunidades mais débeis está a voltar porque o governo não soube lidar com incidentes semelhantes no passado”. De facto, os não muçulmanos têm vindo a enfrentar cada vez mais discriminação, apesar da constituição do Paquistão lhes atribuir direitos de cidadania iguais.
Nos anos 80 o ditador Ziaul Haq implementou políticas islâmicas “duras”, motivando a saída do país de hindus e de cristãos. a comunidade cristã perdeu alguns dos seus membros mais educados.
Os não muçulmanos representam três por cento dos 149 milhões de paquistaneses. Dois por cento são hindus e um por cento cristãos. Outro grupo representativo são os ahmadis, um grupo considerado não muçulmano pelo governo paquistanês em 1974. Todos sofrem discriminações de várias formas, mas os ahmadis, de modo particular. Há leis especí­ficas que os impedem de praticar abertamente a sua religião. Todos enfrentam a controversa lei da blasfémia, que tem sido usada para vitimizar membros das comunidades minoritárias.
a situação actual é muito tensa, os líderes religiosos anunciam mais manifestações e há ameaças especí­ficas aos grupos minoritários. O sentimento de medo está a aumentar. “Só podemos rezar para que a violência não caia sobre nós e esperar que a paz seja restaurada em breve, antes que as coisas fiquem pior”, disse o padre Iqbal que trabalha no Paquistão.