associações indígenas lançaram um apelo à comunidade internacional para que as ajude a travar os ataques às comunidades isoladas, cada vez mais desprotegidas, depois do governo brasileiro ter cortado no orçamento da Fundação Nacional do índio
associações indígenas lançaram um apelo à comunidade internacional para que as ajude a travar os ataques às comunidades isoladas, cada vez mais desprotegidas, depois do governo brasileiro ter cortado no orçamento da Fundação Nacional do índio a situação de vulnerabilidade em que se encontram as comunidades indígenas isoladas de forma voluntária, agravada pelos cortes orçamentais de um dos principais organismos que os protegia, levou os responsáveis de várias associações a lançarem um pedido de ajuda urgente à comunidade internacional. a decisão do governo brasileiro de cortar o orçamento das equipas que protegem os territórios dos indígenas isolados não foi um erro inocente. Foi feito para satisfazer os interesses poderosos daqueles que querem abrir as terras indígenas para explorar – para mineração, exploração de madeira e agropecuária. Somente uma mobilização global pode igualar as oportunidades a favor dos indígenas, e prevenir mais atrocidades, afirmou Stephen Corry, diretor da Survival Internacional. Informações ainda não confirmadas vieram a público na semana passada, dando conta de um possível assassínio de uma dezena de indígenas isolados, na amazónia brasileira. Os alegados autores do massacre, garimpeiros, ter-se-ão vangloriado da chacina num bar, explicando que os corpos teriam sido mutilados e atirados ao rio. O Ministério Público abriu um inquérito para apurar a veracidade das suspeitas. a confirmar-se este massacre, será mais um a juntar a uma longa lista de matanças de indígenas isolados na amazónia, na qual se inclui o famoso caso de Haximu, em 1993, em que 16 índios yanomami foram mortos por um grupo de garimpeiros. Mais recentemente, vários indígenas sapanawa saíram do isolamento para relatar que as suas casas tinham sido atacadas e queimadas por forasteiros e que os agressores tinham matado um número tão grande de elementos da sua comunidade que não puderam enterrar todos os corpos, recorda a Survival Internacional.