O número de casos continua a aumentar e a atingir sobretudo as pessoas em situação mais vulnerável. Quase metade dos infetados têm menos de 15 anos
O número de casos continua a aumentar e a atingir sobretudo as pessoas em situação mais vulnerável. Quase metade dos infetados têm menos de 15 anos a Organização Mundial de Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) já estão no terreno, mas o combate para travar a propagação do surto de cólera que alastra no Iémen não se afigura fácil. Já foram identificados mais de 100 mil casos e perto de 800 pessoas morreram por causa da doença. as crianças e os idosos são os que apresentam maiores preocupações. Segundo Meritxell Relano, representante da UNICEF, muitos dos menores que morreram da doença já estavam gravemente desnutridos. Por outro lado, o sistema de saúde do Iémen sofreu graves danos pelos mais de dois anos de conflito e só menos de metade dos centros médicos está a funcionar em pleno. Os trabalhadores da área da saúde não recebem salário há mais de oito meses e a quantidade de produtos médicos entrada no país é apenas um terço do que era em 2015. Para os próximos seis meses, as duas agências da ONU vão necessitar de 59 milhões de euros para assegurar assistência à população nas áreas da saúde, abastecimento de água e saneamento. Mas a maior necessidade, dizem, é encontrar mais parceiros no terreno, sobretudo nas regiões de difícil acesso, por causa do conflito.