Organização humanitária da Igreja Católica em Portugal pede às autoridades nacionais que intensifiquem os seus contactos com as instâncias internacionais de forma a levar os governantes venezuelanos a respeitar os direitos humanos
Organização humanitária da Igreja Católica em Portugal pede às autoridades nacionais que intensifiquem os seus contactos com as instâncias internacionais de forma a levar os governantes venezuelanos a respeitar os direitos humanosOs responsáveis pela Cáritas Portuguesa pedem às autoridades nacionais que acompanhem a situação precária dos venezuelanos, interpelam as mesmas instâncias a intensificarem os seus contactos com os organismos internacionais para levar os governadores venezuelanos a respeitar os direitos humanos, e pedem a antónio Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas, para não atenuar o seu empenho em prol da reposição da democracia na Venezuela.
Em contacto com a sua congénere venezuelana, os responsáveis pela Cáritas Portuguesa já demonstraram o seu apoio e disponibilidade para ajudar a população daquele país, sobretudo os mais necessitados. O organismo humanitário português está também em contacto com a Caritas Internationalis que se prepara para acionar os mecanismos de apoio, lê-se num comunicado da organização.
Numa mensagem divulgada na última terça-feira, 23 de maio, José Luís azuraje, bispo venezuelano presidente da Cáritas da américa Latina e Caraíbas, dá conta de um país refém da política. Entre outros assuntos, o prelado chama a atenção para dramática situação vivida pelos doentes crónicos, sobretudo os que sofrem com cancro e que deixaram de ter acesso à medicação.
Está tudo completamente centrado num governo hegemónico que está a distribuir entre si as riquezas deste país que é de todos. Por isto estamos a chamar a atenção de todos para esta situação e a apelar à solidariedade verdadeiramente fraterna para com a nossa querida Venezuela, refere José Luís azuraje. Pedimos a ajuda da comunidade internacional para que através dos seus instrumentos diplomáticos possa contribuir para criar um caminho através do qual se abram possibilidades de restaurar a democracia no nosso país (). O governo levou avante a sua vontade de modificar todas as estruturas e regras já estabelecidas na nossa sociedade e fê-lo de uma forma que é estranha ao povo venezuelano, ou seja, pela dominação e pela repressão, acrescenta.
Também no início desta semana, Janeth Márquez, diretora-geral da Cáritas Venezuelana, divulgou um relatório que mostra que 11,4 por cento das crianças com menos de cinco anos sofre de má nutrição grave atualmente. O sistema de saúde entrou em colapso. Os hospitais estão a ficar sem medicamentos, há doenças a serem transmitidas por mosquitos, incluindo zika, dengue e malária, o que se reflete num aumento drástico da taxa de mortalidade infantil e materna.