é necessário que existam «mais camas» na Rede de Cuidados Continuados porque o tempo de espera para aceder ao serviço é «dramático», disse o presidente do Congresso Nacional de Medicina Interna, que vai realizar-se no Porto
é necessário que existam «mais camas» na Rede de Cuidados Continuados porque o tempo de espera para aceder ao serviço é «dramático», disse o presidente do Congresso Nacional de Medicina Interna, que vai realizar-se no Portoapenas 56 por cento dos doentes entram na Rede Nacional de Cuidados Continuados porque o tempo de espera é dramático. Os outros 44 por cento morrem no hospital. E depois, dos que conseguem chegar à rede, cerca de 30 por cento voltam a ser internados. Ou seja, os doentes acabam por piorar na própria rede, alertou João araújo Correia, aludindo aos dados de um estudo realizado no Centro Hospitalar do Porto, que será apresentado no Congresso Nacional de Medicina Interna, que inicia quinta-feira, 25 de maio, na cidade invicta.
De acordo com o especialista, que é também presidente do encontro, dos 56 por cento que foram para as unidades, 37 por cento foram reinternados. E, segundo as regras dos cuidados continuados, se permanecerem no hospital mais de sete dias, têm de recomeçar todo o processo, porque perdem a vaga. O que é uma coisa dramática. O diretor do Serviço de Medicina do Centro Hospitalar do Porto defende que é fundamental haver mais camas na rede, para que haja uma resposta mais célere e que a rede seja dotada de meios mínimos.
a relação entre a Medicina Interna e a Medicina Geral e Familiar é outro dos assuntos a abordar no congresso, que irá decorrer até domingo, 28 de maio, na alfândega do Porto. Em declarações à agência Lusa, João araújo Correia disse esperar que o encontro promova de facto uma mudança de paradigma. Entre os convidados do congresso estão alexandre Quintanilha, investigador, e Correia de Campos, presidente do Conselho Económico e Social e antigo ministro da Saúde.