O encerramento de três campos de migrantes e refugiados nos arredores da capital grega está a preocupar a amnistia Internacional, pela incerteza que existe quanto ao destino das pessoas que ali estavam instaladas
O encerramento de três campos de migrantes e refugiados nos arredores da capital grega está a preocupar a amnistia Internacional, pela incerteza que existe quanto ao destino das pessoas que ali estavam instaladas a amnistia Internacional (aI) lançou um apelo às autoridades gregas para que garantam o encaminhamento para alojamentos seguros e adequados, às centenas de migrantes e refugiados que começaram a ser transferidos esta terça-feira, 23 de maio, dos três campos em Elliniko, nos arredores de atenas. Os acampamentos vão ser encerrados. Ninguém fará luto pelo fecho destes campos inseguros e inabitáveis, mas o falhanço em providenciar às pessoas que ali se encontram informação sobre a sua transferência só está a servir para aumentar os receios e ansiedades, sublinhou a perita em Migrações da aI, Monica Costa Riba. a aI pediu para visitar os campos, mas a solicitação foi recusada. Porém, os investigadores da organização de defesa dos direitos humanos conseguiram entrevistar vários residentes, fora dos acampamentos, tendo concluído que reina muita ansiedade e incerteza em relação ao futuro. Passamos ali pelo inferno. Não quero ir para outro campo, confessou uma mulher afegã, descrevendo as más condições dos campos de Elliniko, como o deficiente saneamento, a falta de privacidade e de segurança. Viviam naqueles acampamentos, abrigadas em tendas, mais de 800 pessoas, na sua maioria afegãs.