Fundo das Nações Unidas para a Infância identificou mais de duas dezenas de casos em que os menores foram obrigados a participar em ataques com explosivos pelos extremistas do Boko Haram
Fundo das Nações Unidas para a Infância identificou mais de duas dezenas de casos em que os menores foram obrigados a participar em ataques com explosivos pelos extremistas do Boko Haram as meninas são as principais vítimas. Só entre janeiro e março deste ano, 27 crianças foram usadas em ataques suicidas no conflito do Lago Chade, em África, segundo um levantamento feito pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Os menores são obrigados a participar nos ataques pelos extremistas do movimento Boko Haram. O método tem vindo a ser cada vez mais utilizado e desde 2104 já foram identificados 117 casos, em ataques em locais públicos em países como a Nigéria, Chade, Níger e Camarões. Em consequência, as crianças começam a ser observadas com receio em mercados e outros locais públicos, pois a população teme que estejam a transportar explosivos. Os responsáveis da UNICEF apelam, por isso, à tomada de medidas para acabar com as graves violações contra menores cometidas pelo Boko Haram. É ainda pedida a reintegração das crianças na sociedade. O ano passado, a agência da ONU ajudou 312 menores na Nigéria, Chade, Camarões e Níger e mais de 800 conseguiram voltar a reunir-se com a família.