Papa critica os empresários que deixam as pessoas sem emprego na sequência de «negociações pouco claras» e recorda que é obrigação dos líderes «fazer tudo» para a promoção de trabalho digno
Papa critica os empresários que deixam as pessoas sem emprego na sequência de «negociações pouco claras» e recorda que é obrigação dos líderes «fazer tudo» para a promoção de trabalho dignoNuma intervenção improvisada, motivada pela presença de uma delegação de funcionários de uma estação televisiva que estão em risco de ficar sem emprego, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco aproveitou para lançar um apelo em defesa dos empregados e do emprego digno, esta quarta-feira, 15 de março. O trabalho dá-nos dignidade. E os responsáveis pelos povos, os dirigentes, têm a obrigação de fazer tudo para que todo homem e toda mulher possa trabalhar e, assim, poder ter a cabeça erguida e olhar os outros no rosto, com dignidade. Quem por manobras económicas, para fazer negociações não completamente claras, fecha fábricas, fecha iniciativas empresariais e tira o trabalho aos homens, está a cometer um pecado gravíssimo, afirmou o Pontífice, no final da audiência geral. Depois da semana dedicada ao retiro quaresmal, Francisco retomou o tema da esperança cristã, inspirando-se na passagem da Carta aos Romanos que fala da alegria de amar para pedir aos fiéis que não caiam na tentação de viver um amor hipócrita. a hipocrisia pode insinuar-se de várias maneiras, inclusive no nosso modo de amar, alertou o Papa, dando como exemplo os casos em que somos movidos por interesses pessoais, quando fazemos caridade para ganhar visibilidade, quando agimos por amor interesseiro ou vivemos um amor de novela.