alerta partiu da organização não governamental Médicos sem Fronteiras, que teme consequências graves para os deslocados. a maioria dos acampamentos está com excesso de população
alerta partiu da organização não governamental Médicos sem Fronteiras, que teme consequências graves para os deslocados. a maioria dos acampamentos está com excesso de população Os milhares de refugiados que se encontram nos acampamentos da Tanzânia podem vir a enfrentar uma crise humanitária se não forem tomadas medidas urgentes para redistribuir os deslocados e dotar os espaços de melhores condições de salubridade, alertou esta semana, em comunicado, a organização não governamental Médicos sem Fronteiras (MSF). Há cerca de 290 mil refugiados só em três acampamentos – Nyarugusu, Mtendeli e Nduta -, o que quer dizer que espaços estão sobre-lotados e com perspetivas de virem a ficar ainda mais cheios, tendo em conta que continuam a chegar entre 600 a 1. 000 pessoas por dia. Existe uma preocupação real de que presenciemos uma crise sanitária se a lotação continuar a subir, sem que as instalações consigam satisfazer as necessidades dos deslocados, referiu o diretor da missão da MSF, David Nash. Segundo o responsável, apesar das agências terem começado a aumentar a ajuda, a resposta humanitária não chega pata responder ao ritmo de chegadas.com alojamento insuficiente, as pessoas veem-se obrigadas a passar mais tempo em refúgios comunitários lotados, onde o risco de doenças é muito maior. Os refugiados são na sua maioria oriundos do Burundi e desde abril de 2015 que todos burundeses chegados à Tanzânia têm recebido o estatuto de refugiado. Recentemente, as autoridades tanzanianas revogaram esta medida, passando as novas chegadas a ser tratadas caso a caso.