O aumento de restrições nas fronteiras e a falta de meios legais acessí­veis para chegarem à Europa fizeram com que refugiados e migrantes fizessem «viagens mais diversificadas e perigosas», dependendo de traficantes ou do uso de embarcações frágeis
O aumento de restrições nas fronteiras e a falta de meios legais acessí­veis para chegarem à Europa fizeram com que refugiados e migrantes fizessem «viagens mais diversificadas e perigosas», dependendo de traficantes ou do uso de embarcações frágeis O relatório Desperate Journeys (que se pode traduzir por Viagens Desesperadas) regista que o fecho da rota dos Balcãs ocidentais e a assinatura da declaração entre a União Europeia e a Turquia, em março de 2016, provocou uma drástica diminuição no número de pessoas que chegam à Grécia através da rota do Mediterrâneo oriental. Desde então, a rota do Mediterrâneo central do Norte da África para Itália, segundo o relatório divulgado na segunda-feira, 27 de fevereiro, pelo alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), tornou-se o principal ponto de entrada para a Europa e as tendências de chegada ao território italiano mostram que as nacionalidades dos que atravessavam a Grécia não se mudaram em número significativo para o Mediterrâneo Central rota. Este relatório mostra claramente que a falta de percursos acessíveis e seguros leva os refugiados e migrantes a correrem riscos enormes enquanto tentam chegar à Europa, incluindo aqueles que simplesmente tentam juntar-se aos membros da família, disse Vincent Cochetel, diretor para a Europa do aCNUR), num comunicado de imprensa que antecipou o relatório.