Na Paróquia de Nossa Senhora da Consolação e na Praça de São Pedro: mais um apelo do Papa Bento XVI a viver de outro modo este tempo de Natal.
Na Paróquia de Nossa Senhora da Consolação e na Praça de São Pedro: mais um apelo do Papa Bento XVI a viver de outro modo este tempo de Natal.

São frequentes nestes dias os convites do Santo Padre a descobrir o autêntico sentido do Natal que o nosso mundo parece desconhecer. Bento XVI volta ao tema do consumismo e da corrida aos presentes que já referiu no domingo passado. ” a alegria é o autêntico presente de Natal. Digamos não aos presentes caros que custam tempo e dinheiro. Ofereçamos antes um sorriso, uma pequena ajuda, um gesto simples”.

Neste domingo, Bento XVI visitou a paróquia de Nossa Senhora da Consolação no bairro Casal Bertone. No centro da Igreja paroquial está o belíssimo quadro de Nossa Senhora da Consolata, essa mesma que se venera em Turim e em todos os lugares por onde andam os Missionários da Consolata. Bento XVI, quando ainda Cardeal, era o “titular” dessa paróquia. De 1977 a 1993 visitou-a muitas vezes, por isso é lá muito conhecido. Sentiu-se de casa, porque pôs de lado os papéis e falou aos fiéis tal como o seu coração lhe ditava, coisa insólita para o protocolo do Vaticano. Foi uma longa e verdadeira catequese: “Deus está perto de nós, tão perto que se faz criança. O mistério da encarnação é uma boa notícia para o mundo de hoje, onde Deus está ausente. Um mundo obscuro, no qual muitos têm de necessidade de anestesias para poder viver. Uma sociedade dominada pelo medo e pelas incertezas. Ponhamos a nossa confiança em Deus que está sempre connosco e nunca nos abandona”.

Regressando à Praça de São Pedro voltou a falar aos milhares de fiéis aí­ reunidos, convidando mais uma vez a redescobrir o sentido do Natal. ” Cultivemos o recolhimento interior para acolher Jesus na nossa vida”. Convidou a seguir o exemplo de São José um homem que viveu no silêncio, “impregnado da contemplação do mistério de Deus, em atitude de disponibilidade total à vontade de Deus”. “Um silêncio ” continuou ” pelo qual José, junto de Maria, conservava no seu coração a Palavra de Deus, conhecida por meio das Sagradas Escrituras, confrontando-as constantemente com os acontecimentos da vida de Jesus, um silêncio feito de oração constante, oração de louvor ao Senhor, de adoração da sua santa vontade e de confiança sem reservas na sua providência”.