Estudantes portugueses entraram num campo de refugiados simulado, em Mangualde, e durante dois dias lidaram com o desconforto comum a estes espaços e com vários condicionamentos associados à alimentação, higiene e segurança
Estudantes portugueses entraram num campo de refugiados simulado, em Mangualde, e durante dois dias lidaram com o desconforto comum a estes espaços e com vários condicionamentos associados à alimentação, higiene e segurançaMais de 100 estudantes do 8. º ano, 9. º ano e secundário experimentaram viver como refugiados, durante dois dias, num espaço montado para o efeito na Escola Felismina alcântara, em Mangualde.com o nome Refugiados para a paz, a iniciativa decorreu no último fim de semana, dias 26 e 27 de novembro, com condições climatéricas adversas, às quais os alunos responderam com grande resistência, alegria e perseverança.
Os jovens participantes aceitaram entrar num simulado campo de refugiados desprovido de conforto, viram limitada a liberdade de fazer o que se quer, lidaram com a ausência da família e com os condicionamentos associados à alimentação, higiene e segurança e dormiram em tendas montadas para o efeito pelo Exército.
Para simularem estas e outras situações a que os refugiados estão sujeitos estiveram presentes no local a Cruz Vermelha Portuguesa, a GNR com o Destacamento Territorial de Mangualde e o Destacamento de Intervenção Secção de Cinotécnica, os Bombeiros Voluntários de Mangualde e a Proteção Civil.
Os alunos assistiram também ao testemunho dos elementos da Polícia Marítima que estiveram na Grécia a resgatar migrantes e refugiados do mar, no âmbito da missão “Frontex”, e de um jovem que fez voluntariado num campo de refugiados na Grécia através da Plataforma de apoio aos Refugiados (PaR).
Em comunicado, Lucia Morgado Lopes, umas das professoras envolvidas na atividade, realça que os estudantes ficaram despertos para nunca desistirem de lutar pela vida, independentemente do contexto. a iniciativa foi possível graças à disponibilidade dos elementos do Exército Português, mais concretamente do Regimento de Infantaria XIV de Viseu. a iniciativa Refugiados para a paz resultou de um repto lançado pelos responsáveis pela disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) do agrupamento de Escolas de Tondela Tomaz Ribeiro, alargado ao agrupamento de Escolas de Tábua.