O mundo não pode continuar «a pagar o preço» da violência doméstica contra mulheres e meninas, um crime que se apresenta como «uma epidemia de saúde pública» e um obstáculo ao desenvolvimento sustentável, alerta o secretário-geral da ONU
O mundo não pode continuar «a pagar o preço» da violência doméstica contra mulheres e meninas, um crime que se apresenta como «uma epidemia de saúde pública» e um obstáculo ao desenvolvimento sustentável, alerta o secretário-geral da ONU a violência contra mulheres e meninas é mais do que uma violação dos direitos humanos: é uma epidemia de saúde pública e um obstáculo ao desenvolvimento sustentável, afirma o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, a propósito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, que se assinala esta sexta-feira, 25 de novembro. Ban admite que o reconhecimento global sobre este problema está a crescer, mas defende que é preciso fazer mais para eliminar os abusos. O mundo não pode pagar mais esse preço, adianta o responsável, recordando os custos que este tipo de crime tem sobre as famílias e as economias, pois muitas mulheres não conseguem ir trabalhar depois de sofrerem abusos físicos ou sexuais, e colocam o seu emprego em risco. Segundo informações da ONU Mulheres, cerca de 70 por cento das mulheres já sofreram algum tipo de abuso – físico, sexual ou psicológico – do próprio parceiro. E, em 32 países, os autores da violações nem sequer vão a tribunal quando são casados com as vítimas. Num outro plano, há o tráfico humano, que obriga 4,5 milhões de pessoas ao trabalho sexual, sendo que 98 por cento são mulheres. Há ainda a mutilação genital, que já afetou 200 milhões de mulheres, e o casamento forçado, vivido por 700 milhões de mulheres, obrigadas a contrair matrimónio antes dos 18 anos.