a questão da morte assistida não pode ser reduzida ao campo estritamente religioso, segundo o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, que está reunida em assembleia Plenária, em Fátima
a questão da morte assistida não pode ser reduzida ao campo estritamente religioso, segundo o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, que está reunida em assembleia Plenária, em Fátima a eutanásia e o casamento serão os dois temas fortes da assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que iniciou esta segunda-feira, 7 de novembro, em Fátima. No discurso de abertura do encontro, o cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, sublinhou que a morte assistida é uma questão humanitária, que não pode ser reduzida ao campo religioso estrito. Recordando as palavras do Papa Francisco quando considerou a eutanásia e o suicídio assistido como graves ameaças para as famílias, o presidente da CEP lembrou também a recente declaração de cinco sucessivos bastonários da Ordem dos Médicos, segundo os quais em nenhuma circunstância e sob nenhum pretexto, é legítimo a sociedade procurar induzir os médicos a violar o seu Código Deontológico e o seu compromisso com a vida e com os que sofrem. Trata-se sempre de ajudar a viver, não a matar ou ajudar a morrer, sublinhou o purpurado. Em relação ao casamento, Manuel Clemente recuperou também as palavras do Papa Francisco, aquando da sua visita à Geórgia: Hoje está em ato uma guerra mundial para destruir o casamento. Hoje existem colonizações ideológicas que o destroem, não com as armas, mas com as ideias. Por isso é preciso defender-se das colonizações ideológicas. Segundo o cardeal-patriarca, este encontro, que termina na quinta-feira, 10 de novembro, servirá ainda para concluir a Carta Pastoral sobre o Centenário das aparições, que procurará reforçar nos católicos portugueses e além deles a premência da conversão evangélica em prol de um mundo que, sendo mais para Deus, será mais de todos e para todos.