Fenómeno «El Nií±o» terá sido um dos principais responsáveis pelos valores elevados de emissões de dióxido de carbono, pois as secas extremas em diversos países limitaram a capacidade da terra de absorver os gases
Fenómeno «El Nií±o» terá sido um dos principais responsáveis pelos valores elevados de emissões de dióxido de carbono, pois as secas extremas em diversos países limitaram a capacidade da terra de absorver os gases Pela primeira vez, desde que há registos, as emissões de dióxido de carbono ultrapassaram 400 partes por milhão, em 2015, o que representa um recorde de concentrações na atmosfera de gases que provocam o efeito estufa, revela um estudo tornado público esta terça-feira, 25 de outubro, pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM). Segundo o documento, o fenómeno El Nino terá sido o principal culpado pelos níveis elevados de gases na atmosfera, ao provocar secas extremas em vários países e assim limitar a capacidade da terra de absorver dióxido de carbono, o gás que mais contribui para o aquecimento global. Petteri Taalas, secretário-executivo da OMM, considera estes resultados preocupantes, pois o tempo de vida do dióxido de carbono é muito longo e poderão ser necessários dezenas de milhares de anos para que a qualidade do ar volte aos níveis da era pré-industrial. Ou seja, os níveis de CO2 na atmosfera estão 144 por cento acima do patamar registado em 1750.