Venda de animais visa obter receitas para enfrentar os efeitos do El Nií±o, que ameaça pessoas e a fauna selvagem. a medida já mereceu críticas de várias organizações ambientais
Venda de animais visa obter receitas para enfrentar os efeitos do El Nií±o, que ameaça pessoas e a fauna selvagem. a medida já mereceu críticas de várias organizações ambientaisO governo do Zimbabwe manifestou a intenção de vender diversos exemplares da sua fauna selvagem para angariar fundos que permitam assegurar os projetos de conversação ambiental, e fazer frente à seca provocada pelo fenómeno El Nino. a ideia é convidar os potenciais interessados a apresentarem propostas para a compra dos animais, cujas espécies ainda não foram divulgadas. a medida desagrada aos ambientalistas. É fácil ver o que está por trás disto, a ganância e a corrupção de alguns poucos caciques que farão bom dinheiro, que é certo que não se destinará à conservação dos parques, criticou o ativista de origem portuguesa, Johnny Rodrigues, que é também o diretor da Força Especial para a Conservação do Zimbabwe (ZCTF, na sigla em inglês).como o governo exige aos eventuais compradores que tenham terrenos e infraestruturas adequadas para acolher os animais, Rodrigues teme que a maior parte dos exemplares seja vendida para o exterior, já que a maioria das 640 reservas privadas existentes no Zimbabwe é demasiado pequena devido à lei de redistribuição de terras. Neste momento, mais de um quarto da população rural do Zimbabwe – cerca de 2,8 milhões de pessoas – corre risco de fome. a escassez de água e de pasto nos parques nacionais faz temer uma situação semelhante à de 1992, quando morreram milhares de animais.