Relatório da assistência Médica Internacional revela que a quantidade de mulheres em situação de sem-abrigo tem vindo a aumentar desde 1999. a maioria está nas zonas metropolitanas de Lisboa e Porto
Relatório da assistência Médica Internacional revela que a quantidade de mulheres em situação de sem-abrigo tem vindo a aumentar desde 1999. a maioria está nas zonas metropolitanas de Lisboa e PortoO número de novos casos atendidos o ano passado pela assistência Médica Internacional (aMI) diminuiu ligeiramente em relação a 2014, mas, em contrapartida, continua a aumentar a quantidade de mulheres que recorrem aos equipamentos sociais da organização, sobretudo nas zonas metropolitanas de Lisboa e Porto. Segundo dados do Relatório de atividades e Contas da aMI, referente a 2015, o ano passado frequentaram os equipamentos sociais 1. 455 pessoas, o que representa 11 por cento do total da população atendida. Neste lote foram registados 502 novos casos, 27 por cento do sexo feminino. Estas pessoas enquadram-se na tipologia de sem-abrigo definida pela Federação Europeia das Organizações que Trabalham com a População Sem-abrigo, que contempla situações de pessoas que estão em centros de acolhimento de emergência ou temporário, que vivem em quartos alugados, em barracas ou em casas sobre-lotadas, refere a agência Lusa. Quase um terço (28 por cento) pernoita na rua, em escadas, átrios, prédios, carros abandonados, contentores e estações, 14 por cento em quartos e pensões, 17 por cento residem temporariamente em casa de familiares ou amigos, 13 por cento vivem em centros de emergência ou destinados a vítimas de violência doméstica, sete por cento em habitações inadequadas, sete por cento em casa alugada e 14 por centro noutros locais não especificados. O relatório da aMI revela ainda que 79 por cento das pessoas assistidas é de nacionalidade portuguesa, seguindo-se as naturais dos Países africanos de Língua Oficial Portuguesa (12 por cento) e de outros países da União Europeia (três por cento). Metade desta população tem o 1º ou 2º ciclo de escolaridade e dois por cento tem o ensino médio ou superior. a maioria (72 por cento) está solteira, divorciada ou viúva e 13 por cento é casada ou vive em união de facto.