Organizações não governamentais pedem a suspensão imediata das deportações de refugiados para a Turquia, por considerarem que não estão a ser garantidos os seus direitos legais
Organizações não governamentais pedem a suspensão imediata das deportações de refugiados para a Turquia, por considerarem que não estão a ser garantidos os seus direitos legais a União Europeia devia ter vergonha de colocar a detenção e deportação de pessoas à frente do seu direito a viver com dignidade, num local seguro, afirmou esta sexta-feira, 15 de abril, o diretor da Oxfam Intermon, uma das organizações que assinou um comunicado a exigir a suspensão imediata das deportações de refugiados para a Turquia. No documento, a Oxfam, o Conselho Norueguês para os Refugiados e a Solidarity Now, advertem que os refugiados podem estar a ser deportados para a Turquia sem que o seu pedido de asilo tenha sido avaliado de forma adequada, ou sem que tenham sido informados convenientemente dos seus direitos legais. Para os responsáveis destas organizações, o serviço de asilo grego continua sem pessoal suficiente e apenas dispõe de um reduzido número de agentes e pessoal técnico nas ilhas, para processar o elevado número de requerimentos. O mais importante, neste momento, é suspender de imediato as expulsões para a Turquia e garantir que estas pessoas podem exercer o seu direito básico de solicitar asilo, sublinhou Epaminondas Farmakis, diretor executivo da Solidarity Now, alertando para as más condições dos centros de detenção e para o facto de muitos dos refugiados terem que dormir na rua ou em habitações sobre-lotadas.