Organização de defesa dos direitos humanos afirma que os repatriamentos forçados de refugiados sírios, a partir da Turquia, revelam «falhas fatais» no acordo entre aquele país e a União Europeia
Organização de defesa dos direitos humanos afirma que os repatriamentos forçados de refugiados sírios, a partir da Turquia, revelam «falhas fatais» no acordo entre aquele país e a União Europeia a amnistia Internacional (aI) recolheu vários testemunhos nas províncias fronteiriças do sul da Turquia e concluiu que as autoridades turcas estão a deter e a expulsar cerca de uma centena de refugiados sírios por dia, desde meados de janeiro. Este tipo de atuação revela, segundo a organização, as falhas fatais do acordo entre aquele país e a União Europeia (UE). No desespero para fecharem as suas fronteiras, os líderes da UE ignoraram deliberadamente os factos mais simples: a Turquia não é um país seguro para os refugiados sírios, e a cada dia torna-se cada vez menos seguro, afirmou, em comunicado, o diretor da aI para a Europa e Ásia central, Jonh Dalhuisen. De acordo com o responsável, as devoluções de refugiados sírios em grande escala que temos documentado mostram os defeitos do acordo entre a UE e a Turquia. Para aplicar esse acordo, há que ter coração de pedra e um absoluto desprezo pelo direito internacional. Parece altamente provável que, entre as últimas sete ou nove semanas, a Turquia tenha devolvido à Síria milhares de pessoas refugiadas. Se o acordo prosseguir segundo o previsto, existe um risco real de que algumas das pessoas que a UE devolva à Turquia tenham a mesma sorte, sublinhou Dalhuisen.