Um quarto das mortes registadas em 2012 foram causadas por ambientes poucos saudáveis, segundo um estudo da Organização Mundial de Saúde, que alerta para a necessidade urgente na redução dos riscos ambientais
Um quarto das mortes registadas em 2012 foram causadas por ambientes poucos saudáveis, segundo um estudo da Organização Mundial de Saúde, que alerta para a necessidade urgente na redução dos riscos ambientais a avaliação global do peso das doenças provocadas por riscos ambientais, divulgada esta terça-feira, 15 de março, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), revela que 12,6 milhões de pessoas morreram por viverem ou trabalharem em ambientes pouco saudáveis em 2012, um número que representa um quarto do total de mortes registadas naquele ano. Segundo o estudo, citado pela agência Lusa, os fatores de risco ambiental, como a poluição do ar, da água ou do solo, assim como a exposição a químicos, as alterações climáticas ou as radiações ultravioleta, contribuem para mais de 100 doenças e lesões. Há uma necessidade urgente de investimento em estratégias para reduzir os riscos ambientais nas nossas cidades, nas nossas casas e locais de trabalho, disse Maria Neira, diretora do departamento de Saúde Pública, ambiente e Determinantes Sociais da Saúde na OMS, salientando que esse investimento pode reduzir significativamente o crescente peso mundial das doenças cardiovasculares e respiratórias, as lesões e os cancros, levando a poupanças imediatas nos custos dos serviços de saúde. Os grupos etários mais afetados pelos perigos ambientais são as crianças com menos de cinco anos e os adultos de entre 50 e 75 anos. as regiões do Sudeste asiático e do Pacífico ocidental foram as que mais contribuíram para o número total de mortes relacionadas com o ambiente em 2012, com um total de 7,3 milhões de vítimas. Seguiu-se a África, com 2,2 milhões de mortos; a Europa, com 1,4 milhões de mortes; o Mediterrâneo oriental, com 854 mil mortes; e as américas, com 847 mil óbitos anuais. a boa notícia no relatório é que as mortes provocadas por doenças infeciosas, como a diarreia ou a malária, muitas vezes associadas à má qualidade da água e do saneamento, registaram uma queda, devido às melhorias no acesso à água e saneamento, mas também graças a mais imunização, redes mosquiteiras tratadas com inseticida e medicamentos essenciais.