após receberem a visita de uma relatora das Nações Unidas, os acampamentos de Dourados e Itaporã, no estado do Mato Grosso do Sul, foram atacados por homens armados. Um indígena foi atingido com vários tiros
após receberem a visita de uma relatora das Nações Unidas, os acampamentos de Dourados e Itaporã, no estado do Mato Grosso do Sul, foram atacados por homens armados. Um indígena foi atingido com vários tiros O clima tenso entre fazendeiros e indígenas agudizou-se nos últimos dias, nos municípios de Dourados e Itaporã, no Mato Grosso do Sul, no Brasil. Depois da região ter sido visitada por Victoria Tauli-Corpuz, relatora das Nações Unidas, grupos de homens armados, que se presume serem contratados por fazendeiros, atacaram vários acampamentos indígenas, deixando ferida pelo menos uma pessoa, que foi transportada ao hospital com oito perfurações no corpo. Eles já chegaram atirando. Eu vi que o Isael tava sangrando demais, aí eu vim segurando ele, quase caindo. Nosso avó, nosso bisavó, morava por aqui. É por isso que fizemos retomada. Não é invasão. Mas ele [fazendeiro] fez com nós igual ao que faz com bicho, relatou Ka”aguy Rendy ao Conselho Indigenista Missionário (CIMI), um organismo tutelado pela Conferência Nacional de Bispos do Brasil. O momento do ataque foi registado em vídeo. O território Ita Poty, reivindicado pelos índios Guarani e Kaiowá, é vizinho da reserva de Dourados. Isso aqui é nosso. Não queremos o que é de ninguém, só o que é nosso. Nós temos o direito.como é que os brancos vão tomar de nós?, questiona Tajy Poty, salientando que a área reclamada está ocupada por uma fazenda, cuja propriedade é atribuída aos mesmos proprietários de uma rádio local.