Está a crescer no Paraguai o número de menores que sofrem maus-tratos infligidos pelos seus patrões, para os quais trabalham como domésticos
Está a crescer no Paraguai o número de menores que sofrem maus-tratos infligidos pelos seus patrões, para os quais trabalham como domésticos a denúncia da violência sobre crianças aumentou no Paraguai. Nos últimos três anos verificaram-se várias mortes de menores que trabalhavam como domésticos, e que sofreram maus-tratos às mãos dos seus patrões. No país, o trabalho doméstico exercido por menores é um fenómeno culturalmente aceite e considerado normal.

De acordo com a Secretaria para a Infância e adolescência (SNNa), a prática é uma forma de exploração doméstica de crianças e adolescentes muito arraigada. Só no primeiro mês deste ano, foram registadas 12 denúncias de maus-tratos associadas ao trabalho doméstico executado por menores.

as estimativas oficiais indicam que no Paraguai mais de 46 mil crianças e adolescentes de famílias pobres trabalham ao serviço das famílias abastadas em troca de redidência e alimentação. Segundo a SNNa, as denúncias dos últimos três anos chegaram através do serviço telefónico gratuito Fono ayuda. Mais de 80 por cento das vítimas eram raparigas com idades compreendidas entre os nove e os 17 anos.