Os líderes das Forças armadas Revolucionárias da Colômbia e do governo decidiram adiar a subscrição do acordo final, por entenderem que ainda não estão reunidas todas as condições
Os líderes das Forças armadas Revolucionárias da Colômbia e do governo decidiram adiar a subscrição do acordo final, por entenderem que ainda não estão reunidas todas as condições Depois do Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, ter afastado a ideia de assinar um mau acordo só para respeitar os prazos, os líderes das Forças armadas Revolucionárias da Colômbia (FaRC) vieram agora manifestar o seu acordo com o adiamento, propondo que seja definida uma nova data para a formalização do acordo final de paz entre as duas partes. Estamos de acordo com o que disse o Presidente sobre o facto de não estarem reunidas as condições para o 23 de março [o prazo estabelecido há seis meses por ambas as partes], disse o negociador das FaRC, Joaquin Gomez, em Havana, Cuba, onde decorrem as negociações há mais de três anos. Governo e FaRC já assinaram vários acordos intermédios, designadamente sobre uma reforma agrária, a luta contra o tráfico de droga, a participação política dos guerrilheiros e as indemnizações às vítimas, mas ainda têm de chegar a consenso sobre as modalidades de um cessar-fogo bilateral e o desarmamento dos guerrilheiros. O conflito envolveu durante décadas confrontos entre guerrilhas de extrema-esquerda, paramilitares de extrema-direita e forças armadas, e provocou mais de 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e 6,6 milhões de deslocados.