Boutros Boutros-Ghali, veterano diplomata egí­pcio e o primeiro secretário-geral da ONU de origem africana, morreu esta terça-feira com 93 anos. Foi elogiado por guiar as Nações Unidas através do início tumultuoso da década de 1990
Boutros Boutros-Ghali, veterano diplomata egí­pcio e o primeiro secretário-geral da ONU de origem africana, morreu esta terça-feira com 93 anos. Foi elogiado por guiar as Nações Unidas através do início tumultuoso da década de 1990 ajudou a moldar a resposta da ONU na realidade do mundo pós-guerra fria, na elaboração de um relatório seminal sobre diplomacia preventiva e na pacificação e manutenção da paz. Boutros Boutros-Ghali morreu esta terça-feira aos 93 anos, com muitos a elogiarem a sua direção numas Nações Unidas que vivem os tumultuosos primeiros anos da década de 1990. O Conselho de Segurança da ONU anunciou a morte do diplomata egípcio, pela voz do seu presidente, o representante venezuelano, esta terça-feira de manhã, com os embaixadores dos 15 membros a fazerem um momento de silêncio. Boutros-Ghali teve uma longa associação a assuntos internacionais como diplomata, jurista, estudioso e autor amplamente publicado. Tornou-se membro do Parlamento egípcio em 1987, e no momento da sua nomeação como secretário-geral da ONU, tinha sido vice-primeiro-ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito. Foi também ministro de Estado das Relações Exteriores. ao longo de quatro décadas, Boutros-Ghali participou em numerosas reuniões que lidaram com o direito internacional, os direitos humanos, o desenvolvimento económico e social, a descolonização, a questão do Médio Oriente, o direito internacional humanitário, os direitos das minorias étnicas e outras, o não alinhamento, o desenvolvimento na região do Mediterrâneo e a cooperação afro-árabe.