O Sudão do Sul enfrenta níveis sem precedentes de insegurança alimentar: quase 25 por cento da população precisa urgentemente de ajuda e há 40 mil pessoas que vivem «í  beira da catástrofe», numa época em que o país costuma estar seguro em termos alimentar
O Sudão do Sul enfrenta níveis sem precedentes de insegurança alimentar: quase 25 por cento da população precisa urgentemente de ajuda e há 40 mil pessoas que vivem «í  beira da catástrofe», numa época em que o país costuma estar seguro em termos alimentarNuma época em que o Sudão do Sul costuma estar seguro em termos alimentares, as agências das Nações Unidas advertiram esta semana para o facto do país devastado pela guerra estar a enfrentar níveis sem precedentes de insegurança alimentar, com 2,8 milhões de pessoas, quase 25 por cento da população, com necessidade urgente de ajuda. Há pelo menos 40 mil sul-sudaneses à beira da catástrofe. Não se tratam apenas de áreas diretamente afetadas pelos conflitos que estão em insegurança alimentar; cerca de 200 mil pessoas nos estados deBahrElGhazaleWarrap, a norte do país, também têm visto deteriorar-se o seu acesso a alimentos, devido a fatores que estão vinculados ao conflito, como a inflação do preço e as interrupções [no fornecimento] dos mercados, explicou SergeTissot, representante interino da Organização para alimentação e agricultura (FaO) num comunicado de imprensa. a implementação imediata do acordo de paz é absolutamente crítica para a melhoria da situação alimentar, acrescentou, referindo-se aos mais recentes esforços internacionais para acabar com o conflito. a guerra eclodiu entre os partidários do Presidente Salva Kiir e os do seu antigo vice-presidenteRiekMachar,há mais de dois anos, matando milhares de pessoas, obrigando à deslocação de mais de 2,4 milhões de pessoas, 650 mil das quais fugiram para o estrangeiro, e tendo um impacto na segurança alimentar global de 4,6 milhões de sul-sudaneses. a FaO, a UNICEF e o Programa alimentar Mundial (PaM) sublinharam que os números atuais são particularmente preocupantes porque mostram um aumento da fome no períodopós-colheita, quando o país assegura, tradicionalmente, a maioria dos alimentos.