Organização de defesa dos direitos humanos promove marcha na cidade de Tete para condenar o rapto e assassinato de cidadãos portadores de albinismo, um fenómeno que está a assumir «proporções alarmantes»
Organização de defesa dos direitos humanos promove marcha na cidade de Tete para condenar o rapto e assassinato de cidadãos portadores de albinismo, um fenómeno que está a assumir «proporções alarmantes» Os três raptos recentes na província moçambicana de Tete, de duas crianças e um jovem portadores de albinismo, levou a organização Pressão Nacional dos Direitos Humanos (PNDH) a promover uma marcha solidária, este fim de semana, para repudiar e condenar veementemente este tipo de prática. O albinismo é uma deficiência como qualquer outra. Por isso, as pessoas albinas não devem ser fonte de riqueza. Não há razão para as pessoas ganharem a vida através da morte de um outro ser humano, afirmou a coordenadora da PNDH, Catarina artur. Presente na manifestação pacífica em representação do governador, a diretora provincial de Educação e Desenvolvimento Humano, Palmira Pinto, também manifestou indignação por este tipo de crime. Não se justifica que compatriotas nossos sejam alvo de perseguições que terminam com rapto e morte em função da cor da pele. São atos que estão fora da nossa conduta social e humana. São atos que devem ser combatidos e denunciados, porque constituem crimes contra a humanidade, sublinhou a responsável. Já Lázaro Rosário, da associação dos albinos, pediu o apoio da sociedade para a proteção das pessoas com problemas de pigmentação na pele. Temos vindo a assistir a situações gritantes de raptos e estamos a sentir a dor na pele, porque estamos a ser alvo de mortes. Por isso, apelamos para que parem com estes atos, rogou o dirigente, classificando a situação de crítica na província de Tete.