Especialistas de todo o mundo estiveram reunidos na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, Estados Unidos da américa, para discutirem a valorização e preservação das línguas nativas
Especialistas de todo o mundo estiveram reunidos na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, Estados Unidos da américa, para discutirem a valorização e preservação das línguas nativas a cada duas semanas é extinto um idioma nativo. Para tentar contrariar esta tendência, a ONU promoveu um encontro esta semana, onde estiveram presentes vários especialistas internacionais e alguns indígenas, em torno de um objetivo comum: preservar as línguas indígenas, consideradas essenciais para garantir que a cultura, os costumes e a história passam de geração para geração. Na reunião, foi revelado que existem entre seis e sete mil idiomas no mundo, mas enquanto 97 por cento dos habitantes sabem falar apenas quatro por cento das línguas, apenas três por cento da população mundial fala 96 por cento desses idiomas. Um deles é o Tupi-Guarani, falado pelo jovem aira Kamayurá, que saiu do Xingu, no estado brasileiro de Mato Grosso, para participar no encontro. Para mim foi importante vir aqui na ONU escutar. Minha língua é o tupi. Nossa língua tem tradição ainda. Os jovens não falam português, ou falam pouco. Fiquei muito feliz quando cheguei aqui e vi o evento. Não podemos perder minha língua, disse o jovem indígena, em entrevista à Rádio ONU. a reunião em Nova Iorque contou com a participação de especialistas e indígenas dos Estados Unidos da américa, austrália, Mali e Rússia. Foram partilhadas iniciativas para valorizar e preservar idiomas nativos e como promovê-los dentro dos sistemas de ensino dos países.