Maioria são raparigas que abandonaram a escola devido a um casamento ou gravidez precoces e não conseguem arranjar trabalho. Mais de metade pertence a famílias pobres
Maioria são raparigas que abandonaram a escola devido a um casamento ou gravidez precoces e não conseguem arranjar trabalho. Mais de metade pertence a famílias pobresUm em cada cinco jovens da américa Latina, com idades entre os 15 e os 24 anos, está classificado como nem-nem, por não estudar nem trabalhar, revela um estudo do Banco Mundial divulgado esta semana nos Estados Unidos da américa. Dois terços dos jovens nesta situação são do sexo feminino. Segundo o economista Rafael de Hoyos, um dos autores da investigação, um dos elementos essenciais deste flagelo é a gravidez na adolescência, que conduz inicialmente ao abandono escolar das jovens, que mais tarde dificilmente terão acesso ao mercado de trabalho. Estas mulheres jovens, seja por casamento precoce ou por gravidez na adolescência, saem da escola e sem uma educação completa fica muito difícil arranjarem um emprego que lhes permita contribuir com a manutenção da família, refere Hoyos. Para o especialista, a gravidade do problema é tal que nem o ciclo de crescimento regional impulsionado pelos preços das matérias-primas, que permitiu a redução da pobreza extrema, conseguiu mudar o cenário. Por isso, defende a necessidade de medidas urgentes para prevenir que os jovens abandonem a escola.