Um relatório publicado pela Survival Internacional revela que a taxa de suicí­dio entre o povo indígena Guarani Kaiowá, que vive no sul do Brasil, é «a mais alta do mundo». Perda do direito à terra estará na origem deste fenómeno
Um relatório publicado pela Survival Internacional revela que a taxa de suicí­dio entre o povo indígena Guarani Kaiowá, que vive no sul do Brasil, é «a mais alta do mundo». Perda do direito à terra estará na origem deste fenómeno a taxa de mortes auto-infligidas na tribo Guarani Kaiowá, no Brasil, é pelo menos 34 vezes superior à média nacional, e a mais alta entre todas as sociedades do mundo, refere o mais recente relatório da Survival Internacional, uma plataforma de defesa dos direitos indígenas. a investigação justifica o flagelo como uma consequência inevitável do roubo histórico das terras e o processo de “desenvolvimento” forçado que atinge estes povos. No documento, além das taxas chocantes de suicídio, são ainda expostas as consequências devastadoras da perda de autonomia dos povos indígenas, como os altos índices de alcoolismo, obesidade, desnutrição, depressão e outros problemas de saúde. Em suma, as estatísticas demonstram as consequências fatais de forçar mudanças em sociedades indígenas em nome do progresso e desenvolvimento, pois, em muitos casos, as tribos foram forçadas a trocar fontes de alimentação abundantes e sustentáveis e uma forte identidade para a pobreza e a marginalização, à margem da sociedade nacional, sublinham os autores do estudo. Somos contra o tipo de desenvolvimento que o governo propõe. acho que sua ideia de “progresso” é uma loucura! Eles vêm com essas ideias agressivas de progresso e as forçam na gente, seres humanos, especialmente nos povos indígenas, os mais oprimidos de todos. Para a gente, isso não é progresso de jeito nenhum, lamenta um porta-voz da tribo Guajajara, da amazónia brasileira, citado no relatório.