Quatro dos seis cursos de água contaminados com metais pesados, na região centro do país, foram considerados limpos pelas autoridades moçambicanas
Quatro dos seis cursos de água contaminados com metais pesados, na região centro do país, foram considerados limpos pelas autoridades moçambicanas O trabalho conjunto da polícia e do setor de recursos naturais permitiu a recuperação de quatro dos seis rios poluídos pela ação do garimpo artesanal, que inclui a extração de ouro lavado e processado com mercúrio, na província de Manica, no centro do país, informaram esta semana as autoridades governamentais. Segundo Estêvão Rupela, porta-voz do governo provincial de Manica, citado pela imprensa local, falta agora despoluir os rios Púngoé e Revué, este último o principal afluente de Chicamba, a barragem que fornece água e energia a toda a província. O objetivo é devolver a qualidade às águas contaminadas, para que possam ser usadas para dar de beber aos animais e para a rega dos campos agrícolas. a data limite estabelecida pelas autoridades para eliminar a poluição era o final do ano passado, mas os garimpeiros resistiram às operações policiais destinadas a desativar as minas ilegais na zona de Mvonde, um região fértil em recursos naturais, onde há vários anos se registam conflitos entre garimpeiros moçambicanos e zimbabweanos e as forças de segurança. O governo viu-se forçado a criar associações mineiras com pequenas concessões, para a exploração racional de ouro de modo ambientalmente sustentável, porém, os últimos dados indicavam que o setor agrícola já se ressentia da prática do garimpo, que fazia com que a água dos rios se tornasse imprópria para a irrigação, colocando em causa a segurança alimentar e nutricional da região.