Organização Médicos sem Fronteiras acusa a coligação liderada pela arábia Saudita de ignorar os avisos feitos pelas equipas humanitárias. E pede que sejam tomadas medidas para punir aquilo que consideram ter sido uma «violação do direito internacional»
Organização Médicos sem Fronteiras acusa a coligação liderada pela arábia Saudita de ignorar os avisos feitos pelas equipas humanitárias. E pede que sejam tomadas medidas para punir aquilo que consideram ter sido uma «violação do direito internacional»Uma clínica móvel dos Médicos sem Fronteiras (MSF), instalada no sudoeste do Iémen, foi bombardeada pela força aérea da coligação liderada pela arábia Saudita, o que provocou ferimentos em nove pessoas, duas delas funcionárias da organização humanitária. O ataque ocorreu no bairro de al-Houban, em Taez, e já mereceu uma reação do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Em comunicado, a direção da MSF explica que depois dos ataques aéreos contra um parque nas proximidades da clínica, o espaço foi evacuado e a coligação foi informada da localização das tendas de atendimento médico. Mas de nada valeu. É impossível que a coligação ignorasse a presença dos MSF na área, assegurou esta quinta-feira, 3 de dezembro, o chefe da missão da organização no Iémen. Segundo Jérôme alin, os civis que procuram cuidados de saúde e instalações médicas devem ser poupados, pelo que o bombardeamento de civis e hospitais é uma violação do direito internacional humanitário. Em reação ao ataque, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, exigiu uma investigação imparcial, eficaz e rápida.