Os desastres climáticos mataram milhares de pessoas em duas décadas, aponta relatório que mostra que o mundo «está a pagar um preço alto em perdas de vidas». Continente asiático foi o mais afetado
Os desastres climáticos mataram milhares de pessoas em duas décadas, aponta relatório que mostra que o mundo «está a pagar um preço alto em perdas de vidas». Continente asiático foi o mais afetadoas catástrofes naturais tiraram a vida a 606 mil pessoas de todo o mundo nos últimos 20 anos, revela um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado na última segunda-feira, 23 de novembro. De acordo com os especialistas, desde 1995, 4,1 biliões de pessoas ficaram feridas, perderam a casa onde moravam ou precisaram de ajuda urgente devido a desastres relacionados com o clima. Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres e o Centro de Pesquisa sobre Epidemiologia de Desastres, autores do documento, 90 por cento dos principais desastres naturais foram causados por 6. 457 cheias, tempestades, ondas de calor, secas, entre outros. O relatório O Custo Humano dos Desastres Relacionados com o Clima revela ainda que as perdas económicas são muito maiores do que o valor calculado pelas autoridades. De acordo com o documento, os cinco países mais afetados foram os Estados Unidos da américa (EUa), China, Índia, Filipinas e Indonésia. a chefe do Escritório das Nações Unidas para o setor, Margareta Wahlstrom, sublinha que as condições climáticas são as principais fontes de risco de desastre e o relatório mostra que o mundo está a pagar um preço alto em perdas de vidas. a responsável recorda que as perdas económicas representam um grande desafio de desenvolvimento para muitos dos países mais pobres que estão a lutar contra a pobreza e as alterações climáticas. O relatório mostra que a Ásia foi o continente que mais sofreu durante as duas últimas décadas, com mais de 330 mil mortes e 3,7biliões de pessoas atingidas pelos desastres naturais. Os especialistas revelam que entre 2005 e 2014 foram registados, em média, 335 desastres climáticos por ano, 14 por cento a mais do que a década anterior e quase o dobro do período entre 1985 a 1995.