Os representantes de grupos indígenas da amazónia brasileira e das ilhas do Pacífico querem ser chamados a dialogar com os governos para garantirem os seus direitos no novo acordo climático mundial
Os representantes de grupos indígenas da amazónia brasileira e das ilhas do Pacífico querem ser chamados a dialogar com os governos para garantirem os seus direitos no novo acordo climático mundial Seguros que as suas comunidades têm um potencial enorme na procura de soluções para o combate às alterações climáticas, vários grupos indígenas exigiram esta quarta-feira, 18 de novembro, em Nova Iorque, Estados Unidos da américa, participar no diálogo ao mais alto nível com os governos nacionais por forma a garantirem os seus direitos no novo acordo a que se espera chegar na Cimeira do Clima de Paris, agendada para dezembro. a reação surge na sequência de um estudo publicado pelo Instituto Mundial dos Recursos, onde é denunciado que os povos indígenas, apesar de ocuparem e gerirem mais de 65 por cento da superfície do planeta, foram excluídos dos planos e contribuições nacionais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O documento estima que as florestas controladas pelos indígenas e pelas comunidades locais contêm aproximadamente 37,7 mil milhões de toneladas de carbono, ou seja, 29 vezes mais que as emissões anuais dos veículos em todo o mundo. Os dirigentes do Fórum Internacional de Povos Indígenas para as Mudanças Climáticas asseguram, no entanto, que o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas tem mantido conversações com os líderes indígenas e representantes dos governos para garantir, pela primeira vez, que as prioridades destas comunidades sejam incluídas nas negociações dos respetivos países, durante a Cimeira.