países da União Europeia estão a sentir grandes dificuldades no registo e identificação dos imigrantes que procuram refúgio na Europa. Muitos recusam dar os dados com receio de serem deportados
países da União Europeia estão a sentir grandes dificuldades no registo e identificação dos imigrantes que procuram refúgio na Europa. Muitos recusam dar os dados com receio de serem deportadosOs ministros do Interior da União Europeia constataram esta terça-feira, 10 de novembro, que o programa para realojar os 160 mil requerentes de asilo e as medidas acordadas para travar a crise de refugiados não estão a ter os resultados esperados. Um dos principais problemas prende-se com a recusa dos imigrantes em serem registados e identificados, com medo de uma eventual deportação ou colocação num país de destino que não escolheram. Para contornar esta situação, os Estados-membros admitem vir a deter, por um período até 18 meses, as pessoas que não colaborem na sua identificação ou transferência. Existe o direito ao asilo na União Europeia, mas não o direito de escolher o destino entre os países comunitários, advertiram alguns dos governantes. a detenção temporária está prevista por lei, mas a decisão de utilizar este último recurso cabe a cada Estado. Os ministros chegaram ainda a consenso quanto à criação de centros de acolhimento nos países de trânsito, à semelhança dos que já existem em Itália e Grécia, para registo e retenção dos requerentes de asilo enquanto decorrem os trâmites legais dos processos. O objetivo é conter os fluxos migratórios, pois não é realista esperar que a Grécia possa atender e registar a chegada de 10 mil imigrantes diários.