Se as partes em confronto não chegarem a um entendimento Pacífico sobre as suas diferenças políticas, temem-se consequências devastadoras para o país e para toda a região
Se as partes em confronto não chegarem a um entendimento Pacífico sobre as suas diferenças políticas, temem-se consequências devastadoras para o país e para toda a região a responsável pela Comissão da União africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, disse esta semana estar profundamente preocupada com a situação de instabilidade que se vive no Burundi e que pode alastrar a toda a região, caso as partes rivais não resolvam pacificamente as suas divergências políticas. O país entrou numa espiral de violência depois da eleição do Presidente Pierre Nkurunziza para um terceiro mandato, à margem do estipulado na Constituição. Nos últimos dias, muitas pessoas abandonaram o bairro de Mutakura, no norte de Bujumbura, a capital do país, com colchões na cabeça e alguns dos haveres nas bicicletas. Perante o agravamento do conflito, Dlamini-Zuma lançou mais um apelo aos líderes das partes em confronto, convidando-os a demonstrarem o sentido de responsabilidade e a colocarem os interesses da população acima de outros interesses. E recordou a ameaça feita o mês passado pela União africana de aplicar sanções seletivas contra os líderes burundeses.