Diretora da Organização Mundial de Saúde para a Europa exortou os países europeus a fortalecerem as suas políticas sanitárias para atender os refugiados e garantir os seus direitos humanos e «dignidade»
Diretora da Organização Mundial de Saúde para a Europa exortou os países europeus a fortalecerem as suas políticas sanitárias para atender os refugiados e garantir os seus direitos humanos e «dignidade» O fluxo migratório em direção à Europa já não é uma crise isolada, mas uma realidade permanente que terá impacto em todos os países europeus, alertou esta semana a diretora regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Europa, Zsuzsanna Jakab, pedindo aos governos que fortaleçam as suas políticas sanitárias de apoio aos refugiados. O setor sanitário tem um papel vital a desempenhar para assegurar o bem estar das pessoas em trânsito, assim como preservar a sua saúde como um dos direitos humanos básicos. Muitas destas pessoas chegam à Europa depois de uma desgastante experiência em zonas de conflito, pelo que devemos esforçar-nos para assegurar que os refugiados e migrantes não só têm acesso aos serviços de saúde quando necessário, mas também que os ditos serviços podem adaptar-se às mudanças demográficas e à diversidade dentro da sociedade, sublinhou a responsável. O número de pessoas deslocadas todos os dias por causa dos conflitos armados no mundo quase quadruplicou, passando de 11 mil em 2010 para 42. 500 em 2014. Neste momento, segundo o alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), há mais de 60 milhões de refugiados, requerentes de asilo ou deslocados internos a nível mundial. Só este ano, já chegaram cerca de 700 mil migrantes à Europa e quase dois milhões estão refugiados na Turquia.