Começa em Espanha uma campanha liderada pela organização não governamental Intermon Oxfam. agricultores dos países do sul vão explicar em várias cidades como o comércio justo cria novas possibilidades.
Começa em Espanha uma campanha liderada pela organização não governamental Intermon Oxfam. agricultores dos países do sul vão explicar em várias cidades como o comércio justo cria novas possibilidades. O comércio justo, e regras comerciais que beneficiem a todos os países por igual, são necessários para que milhões de pessoas possam viver, com dignidade, do seu trabalho. O comércio é um motor para a erradicação da pobreza se forem estabelecidas regras do jogo que respeitem os direitos de todos, afirma Paloma Escudero, coordenadora da campanha.
Comércio Justo (Fair trade) é um movimento internacional em crescimento, dando garantias de que os países pobres sejam tratados com justiça. Isso implica um preço justo para os seus produtos, que cubra o custo de produção e garanta ingressos de sobrevivência, contratos com prazos alargados que proporciones uma segurança real e, para muitos, apoio para adquirir o conhecimento e as habilidades que necessitam para desenvolver os seus negócios e aumentar as vendas.
Graças ao comércio justopodemos garantir o futuro das nossas famílias, asseguga abraham apaza, um produtor de cacau da Bolívia.com ele vão chegar a Espanha Elias e Genaro Quispe, também da Bolívia; Luís Rojas, andrés González e Hugo Olmedo, do Paraguai; Stanley Maniragaba, do Uganda; Tadesse Meskela, da Etiópia; Ruben Tufino, do Equador; e Boonjira Tanruang, da Tailândia.
actualmente, a Intermon Oxfam trabalha com 73 grupos produtores, de 32 países da África, Ásia e américa Latina, garantindo que nas suas fábricas não há exploração do trabalho infantil, que os homens e mulheres recebem um salário digno, que se promove a participação dos trabalhadores nas decisões tomadas, que existem boas condições de higiene e salubridade, e que se potencia o uso sustentável dos recursos naturais.
No entanto, o comércio justo, por si só, não pode abordar a crise que enfrentam milhões de pequenos agricultores e produtores que vêm a sua sobrevivência ameaçada pelos baixos preços e a concorrência desleal dos países ricos. a justiça só se pode conseguir mudando as regras do comércio internacional injustas de maneira a beneficiar os pequenos produtores, não só as grandes e ricas multinacionais.
Desde que começou a Ronda de Desenvolvimento de Doha, há quatro anos, três mil milhões de pessoas esperam mudanças reais nas políticas comerciais. Em 2002, a Intermon Oxfam apresentou a campanha de Comércio com Justiça, que já conta com nove milhões de assinaturas de apoio em todo o mundo, mais de meio milhão em Espanha, para pedir aos países mais ricos que cumpram os seus compromissos.
É importante conseguir o maior apoio possível porque se aproxima um momento chave. Durante a Cimeira da Organização Mundial do Comércio, a decorrer de 13 a 18 de Dezembro em Hong Kong, vão ser decididas as regras comerciais para os próximos anos. Quem desejar apoiar esta campanha pode fazê-lo em https://www.maketradefair.com/es/index.htm.