Infraestruturas do país continuam por erguer, meses depois dos terramotos, e teme-se um «impacto desastroso» na saúde das pessoas numa altura em que o inverno se aproxima
Infraestruturas do país continuam por erguer, meses depois dos terramotos, e teme-se um «impacto desastroso» na saúde das pessoas numa altura em que o inverno se aproximaMeio ano após os sismos que abalaram o Nepal, causando a morte a oito mil pessoas e ferimentos noutras 22 mil, a associação Médicos do Mundo (MdM) alerta para a situação humanitária no país, que continua a ser preocupante com os desafios da reconstrução e o inverno que se aproxima. a vida ainda não voltou ao normal no Nepal. as pessoas continuam a viver com dificuldades, pois a maioria ainda não conseguiu reconstruir as suas casas. E as infraestruturas de assistência médica continuam a ser muito insuficientes, explica Françoise Sivignon, presidente da delegação francesa da MdM, acrescentando que a reconstrução irá demorar anos. a população sofre sobretudo de doenças de pele e de perturbações digestivas provocadas pela falta de água potável e saneamento. De acordo com Françoise Sivignon, prevê-se um inverno rigoroso, o que é preocupante. Para ultrapassar este facto, os nepaleses precisam de melhorar o acesso a água potável e a abrigos melhor adaptados. Sem estas condições, o impacto na saúde das pessoas será desastroso e as infeções respiratórias vão aumentar. Para combater o problema, a MdM está focalizada na reabilitação do sistema de saúde. Nesse sentido, as equipas da organização estão a erguer 13 centros de saúde semi-permanentes, para ficarem no local durante cinco anos, e a dar formação em preparação epidémica e primeiros socorros às comunidades nepalesas e aos trabalhadores de saúde.