O gabinete do alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos expressou a sua preocupação com a «rápida deterioração» da situação de segurança e dos direitos humanos no Burundi, onde pelo menos 198 pessoas foram mortas desde abril
O gabinete do alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos expressou a sua preocupação com a «rápida deterioração» da situação de segurança e dos direitos humanos no Burundi, onde pelo menos 198 pessoas foram mortas desde abril Há dez dias foram executados pelo menos nove civis no Burundi, o que elevou para 198 o número de pessoas mortas desde abril neste país africano, levando o gabinete do alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR, na sigla inglesa) a expressar a sua preocupação com a rápida deterioração da situação de segurança e dos direitos humanos. Estamos particularmente chocados com o incidente mortal que teve lugar a 13 de outubro no bairro de Ngagara, em Bujumbura, disse o porta-voz do OHCHR, Rupert Colville. Pelo menos nove civis foram sumariamente executados por forças policiais pertencentes à Unidade de aPI (appui pour la Protection des Instituitions, a unidade de polícia encarregada de proteger as instituições do Estado), disse Colville, incluindo um conhecido repórter de imagem da Rádio Nacional e Televisão do Burundi (RTNB), Christophe Nkezabahizi, a sua mulher, os seus dois filhos e um membro da equipa que vivia no mesmo condomínio, Evariste Mbonihankuye. Enquanto as forças policiais estavam a revistar casas na área, os membros da família Nkezabahizi teriam sido chamados para fora da sua casa, alinhados e mortos a sangue frio, continuou.