Candidatos recorrem a feiticeiros para lhes garantirem um bom resultado nas votações e estes exigem órgãos ou membros de pessoas portadoras de albinismo para o fabrico de «poções mágicas» ou amuletos
Candidatos recorrem a feiticeiros para lhes garantirem um bom resultado nas votações e estes exigem órgãos ou membros de pessoas portadoras de albinismo para o fabrico de «poções mágicas» ou amuletos O alerta partiu de uma especialista das Nações Unidas na área da defesa dos direitos humanos. Nos últimos tempos, tem-se registado uma tendência crescente nos ataques contra pessoas com albinismo, em África, um fenómeno associado à aproximação de eleições em diversos países africanos. Na tentativa de garantirem um bom desempenho nas eleições, os candidatos recorrem aos serviços de curandeiros e feiticeiros, que exigem órgãos ou membros de albinos para fazerem poções mágicas ou amuletos, chegando a pagar mais de 60 mil euros por um conjunto completo de partes do corpo de pessoas com albinismo. as pessoas com albinismo estão entre as pessoas mais vulneráveis na região. Hoje, a sua aflição é exacerbada pelo receio constante de ataques perpetradas por pessoas, incluindo membros da família, que dão mais valor a partes de seu corpo do que à sua própria vida, alertou, em comunicado, Ikponwosa Ero, a primeira especialista das Nações Unidas em albinismo. Os ataques contra albinos são comuns em alguns países da África Central, uma tendência que tende a propagar-se a outros países da África austral, incluindo Moçambique e África do Sul. Neste momento, as preocupações da ONU centram-se na Tanzânia, para onde estão previstas eleições no próximo dia 25. Mas logo a seguir, há sufrágios na República Centro-africana e no Uganda.