Se o ritmo de perseguição aos cristãos se mantiver no Médio Oriente e em África a sobrevivência da Igreja Católica nestas regiões está ameaçada, revela um relatório elaborado pela Fundação ajuda à Igreja que Sofre
Se o ritmo de perseguição aos cristãos se mantiver no Médio Oriente e em África a sobrevivência da Igreja Católica nestas regiões está ameaçada, revela um relatório elaborado pela Fundação ajuda à Igreja que Sofre as conclusões são claras e preocupantes. O medo do genocídio desencadeou um autêntico êxodo de cristãos, nomeadamente do Médio Oriente e de algumas regiões de África, e, em consequência, o cristianismo está em vias de desaparecer se não for disponibilizada ajuda de emergência a nível internacional, alerta a Fundação ajuda à Igreja que Sofre (aIS), no mais recente relatório sobre cristãos perseguidos. No documento, tornado público esta terça-feira, 13 de outubro, é manifestada preocupação com o desaparecimento do catolicismo, por exemplo no Iraque, se não houver uma intervenção internacional urgente e massiva. Um enorme êxodo de cristãos de outras regiões do Médio Oriente, como por exemplo da Síria, combinado com um aumento das pressões sobre os fiéis na arábia Saudita e no Irão, significam que a Igreja está a ser silenciada e expulsa do coração da sua antiga região bíblica, sublinha a aIS. Segundo os investigadores, que elaboraram o estudo com base em entrevistas a sacerdotes, bispos, religiosas, leigos, e vítimas de perseguição, a ascensão de grupos militantes islâmicos na Nigéria, no Sudão, no Quénia, na Tanzânia e noutras regiões de África está a destabilizar a presença cristã no único continente que até agora constituiu a maior esperança da Igreja para o futuro. Num momento em que o número de deslocados e refugiados atingiu máximos históricos, vários grupos islâmicos têm levado a cabo uma limpeza étnica de cristãos por motivos religiosos, o que, em muitos países pode prejudicar significativamente as perspetivas de paz nas regiões onde os líderes religiosos e outros desempenharam um importante papel na educação, no desenvolvimento comunitário e na cooperação inter-religiosa, pode ler-se no relatório.